Artigo: Histórico da Paróquia São Francisco de Paula de Dobrada – 1923-2023

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Por: *Paulo Cesar Cedran*

Em 1921, a então Capela do Curato de Dobrada, pertencente à paróquia do Senhor Bom Jesus de Matão, tem nomeado, por D. José Marcondes Homem de Mello, arcebispo-bispo de São Carlos do Pinhal, o padre Luiz Priuli, que morará em Dobrada e terá a incumbência de organizar o patrimônio da futura paróquia, conforme anotação em livro-tombo datada de 30/07/1921. A nomeação como capelão e Cura do distrito de paz de Dobrada, significou um expressivo reconhecimento da importância que a povoação, cuja fundação remonta a 1893, quando: “…um grupo de imigrantes italianos se fixou naquele lugar, então denominado Sesmaria dos Cocais” (ANTOLOGIA MUNICIPALISTA, ANO I – Nº 1/20, VOL. 1, S/D). Este povoado, agora elevado à categoria de vila e agraciado pela igreja com o título de Capela, começa a organizar seu patrimônio, a saber, terreno para a construção da casa paroquial, próxima ao local, onde se encontra a Capela e para atender a dignidade dessa elevação, um batistério. Nossos gratidão aos senhores: Leopoldo Vieira Barreto e Valdomiro e Carlos Pinto Alves, que, através de doações de terrenos, possibilitaram a formação do patrimônio inicial de nossa paróquia e da capela Santo Antônio, para a construção da matriz e da capela.  Assim, em 01 de janeiro de 1927 é inaugurado, com a realização do batismo de Nazário Jordão, o batistério e tendo como padrinhos: senhor Bento da Silva Prado e a senhora Benedita Rodrigues do Prado e por testemunha a senhorita Lydia Scabello, o primeiro batizado realizado pelo padre Roque Scafoglio, que sucedeu o padre Antônio Purita, marcando, até então, a presença de três sacerdotes em nossa paróquia, desde a sua origem. As primeiras tarefas desses sacerdotes foram aquelas relacionadas à formação do patrimônio da Capelania, para então tornar-se paróquia (terreno, casa paroquial, batistério, sagradas alfaias, imagens, vasos sagrados, toalhas e demais paramentos necessários à digna celebração da Santa Missa, como também para ministrar os sacramentos da igreja. Em 19/11/1923, o padre vigário Salvador Castella, assume o comando da recém-criada Paróquia de São Francisco de Paula, ocorrida em 14 de janeiro daquele ano, sob o pastoreio do padre Roque Scafoglio. Ao mesmo tempo, é registrada no livro-tombo, a provisão, nomeando o fabriqueiro da paróquia, senhor Alfredo de Menezes, com a finalidade de cuidar das finanças dela. Faço, neste momento, memória a todos os membros de conselhos que zelaram e zelam por nossa paróquia, auxiliando os vigários, na condução das finanças e cuidando de seu patrimônio. Recordo o trabalho incansável dos saudosos, Honorato Tedeschi, Luiz e
Alfredo Passerini, Eugênio Cômar, Liberato Felipe Meloni, Roberto Piacenti, Florindo Micheloni e das senhoras, Cênia Gorni Zavitoski, Margarida Venceslau, Dona Cosma da Silva, D. Tereza e Maria Monezi, Dona Olimpia Stocco Furia, Léia de Fátima Mihai, Dona Pierina Benzatti, Dona Ermelinda Bellentani, Dona Adélia Garcia Frare, dentre tantas outras, que no momento, não nos remete à memória.  Seguindo a mesma linha estabelecida, quando da criação da Capela do Curato, o trabalho do padre Germano Herrera que assumiu em seguida, esteve voltado a dotar a igreja de mais imagens, paramentos, vasos sagrados, para que a paróquia pudesse celebrar o culto sagrado. O primeiro grupo surgido na paróquia voltado à presença dos leigos, surgiu quando da criação da Pia União das Filhas de Maria em 24/08/1928.  Faço memória neste momento da saudosa Maria Rosa Morano Passerini, que em seus arquivos, nos legou muito do que pudemos contar dessa história, através dos seus registros fotográficos. Em 1930, ocorre a fundação da Congregação Mariana, que passa a contar com 25 moços, na data de sua criação, em 05 de dezembro daquele ano. Destaque ao jovem Felicio Geremias Passerini e o jovem Saturno Basaglia. Se hoje somos o que somos, nesta igreja, um de seus pilares se assenta no senhor Felício, que tive a honra de conhecer e conviver e, mais que tudo, aprender com ele a servir, como ele serviu, até consumir sua vida por esta igreja. Nossa gratidão ao senhor Felício e toda sua família.  Em 20/08/1931, o padre Germano Herrera Del Colladoz assume de maneira definitiva a paróquia, e se empenha, de maneira especial, nos trabalhos para a construção da nova matriz, cuja benção e lançamento da pedra fundamental se dá em 09/01/1935. Em 18/10/1936 é fundada a União para a Propagação da Fé, contando com 43 associados e 4 zeladoras, sendo este o terceiro grupo de leigos em nossa paróquia, com destaque para os participantes que, ainda hoje, pertencem à nossa comunidade, tais como: família Durante, Monezi, Canova, Cômar, Barbizan, Scabello, Morano e Cimatti, Sanchez, Jenssen, Tavares, Bertonha, Frare, Trevisan, Cremonesi, Spinelli, Maurutto, Caropreso, Jaquinto, Micheloni, Cavichiolli, Filipini, Callestini, Nocitti, Gregorio, Américo, Torres, Turricci, Barbieri, Bernardi, Zanchetta, Ruiz, Cavichia, Araújo, Huss, Formigoni. Messa e Puerta. Por um breve período, o cônego Miguel dos Reis de Mello (12/03/1933 a 25/02/1934), respondeu pela paróquia junto com o padre Germano, enquanto este viajou para a Espanha, período em que organizou o Fabriqueiro da Paróquia, os recursos necessários para dar início à construção da nova matriz. Em 29/12/1936, o padre Edmundo Cortez, vindo da diocese de Santos, toma posse na paróquia e seu principal trabalho pastoral esteve voltado à manutenção de recursos para dar continuidade da nova matriz. Em 28/01/1939 é emitida a provisão de posse do novo pároco – padre João Nolte, cuja posse ocorreu em 30/01/1939 e que terminaria em 31/12/1939, sob seu governo em 24/10/1939 é fundada a Irmandade do Santíssimo Sacramento, contando com 30 irmãos. Também são fundadas as seguintes associações: Apostolado da Oração e Cruzada Eucarística. Com a saída do padre João Nolte, passa a responder pela paróquia, o padre José Kaiser pelo período de 03/09/1939 a 02/06/1940. Em 1941, o pároco do Senhor Bom Jesus de Matão, padre Alfredo Reith, passa a responder pela paróquia em substituição ao padre Gregório Real Alcalde que ficou encarregado da paróquia de 10/06/1940 a 06/10/1940. Em 17/05/1941, assume o padre Francisco Steiner, incentivador da catequese no grupo escolar de Dobrada, bem como das obras para a propagação da fé, voltadas às ações do Dia Mundial das Missões, celebrado em outubro. No dia 25/01/1945, toma posse o padre José Moran, que comemorou, em nossa paróquia, suas bodas de ouro sacerdotal, permanecendo até 1952. Neste período, o Monsenhor Ednyr Roveri, ingressa no seminário diocesano de São Carlos, sendo ordenado padre, assume a paróquia do Divino Espírito Santo, na cidade de Itápolis, ali permanecendo até seu falecimento em março de 2020. Pela idade avançada, padre Moran contou com o auxílio de inúmeros padres alemães que passaram a atuar na diocese de São Carlos, fugindo da perseguição nazista da Segunda Guerra Mundial. Em 20/12/1952, assume o padre José Matlok com de saúde frágil, sendo acompanhado, interinamente, pelo jovem padre Pelegrino Simões, que renova todo o trabalho pastoral da igreja, criando um parque infantil, ao lado da casa paroquial, que seria o prenúncio de um trabalho voltado à educação infantil em nossa cidade. Atraia os jovens para a catequese, incentivando e participando de campeonatos de futebol e jogos em geral. Renovando os movimentos paroquiais existentes e de famílias que pouco frequentava a igreja. Foi neste período, que o Monsenhor Luiz Carlos Gonçalves, teve sua vocação despertada, iniciou seus estudos no Seminário Diocesano de São Carlos, desempenhando suas funções sacerdotais, junto à Diocese de São Carlos, até seu falecimento em 25/01/2022.  Em 25/10/55, assume o padre Osmar Ticianelli que incentivou a construção da Capela de São Joaquim em Santa Ernestina. Em 09/02/1958, assume a paróquia o padre Geraldo Chizzotti, de sólida formação intelectual, foi um grande incentivador da catequese e dos movimentos marianos, permanecendo até 10/06/1963, quando assume a paróquia o padre Albert Tervisen Taffel, passionista, que mesmo de saúde frágil, conquistou a população dobradense, permanecendo como padre até 28/12/1966, quando se deu seu falecimento. Pelo carinho da população, seu corpo encontra-se sepultado no Cemitério Municipal de Dobrada. Em 01/10/1967, o padre Miguel Conde Zubieta, passa a responder pela paróquia, mesmo idoso, continua a incentivar as associações existentes, e torna-se muito querido em nossa paróquia. Em 29/06/1970, comemorou seus 80 anos e conforme descreveu o professor Azo Silveira Leite (Em 29 de dezembro, P. Miguel Conde Zubieta, vigário de Dobrada, comemorou seus 80 anos. Recebeu muitas homenagens: D. José Varani, Bispo de Jaboticabal, e Mons. Francisco Varani, P. Dagoberto Boin, P. Luiz Silvestre Scandian, P. Ramon Barrera, P. Celso Bastos Cortes, P. Luiz Maria Gonzaga Gonçalves, P. José Figuls, P. José Sala, P. Cruz Bernardo Guinon Azuarga, P. Henrique Knip, P. Luiz Atienza, P. Nelson Gorni, concelebraram a Santa Missa de Ação de Graças. No almoço, discursos: P. Cruz, P. Amador Romão, Azor Silveira  Leite, Liberato Felipe Meloni e Norberto Comar, prefeito de Dobrada. Participaram, ainda: Donato Antônio Caropreso, Genor Alves dos Santos, Felício Passerini e muitos…muitos outros membros da comunidade dobradense) (LEITE, 1993, p. 156). Após seu falecimento, a diocese de Jaboticabal nomeia o padre Airton Ibrahim Annuar Bussamara em 12/04/1974. Com ele algumas mudanças começam a acontecer, em especial, o cursilho para casais, coordenado pelo saudoso Nivaldo Cappi Frare e sua esposa, Cleide Maria Bernardi Frare e o, também, saudoso Benedito Machado da Silva e Waldomira Colombo Machado da Silva. Este permanece até o ano de 1975, quando chegam os padres Antônio Ramalho, Gabriel Augusto Franco Vaz e José Domingos Bragheto. Este último permanece até o ano de 1985. A chegada os três párocos, marca o período em que a paróquia adentra ao Concilio Vaticano II e suas propostas para uma igreja renovada e mais voltada para as causas sociais. Com uma linha de trabalho fortemente marcada pela defesa dos pobres e marginalizados, o padre Braghetto será o incentivador da fundação do sindicato dos trabalhadores rurais de Dobrada, bem como dos como das CEBs – Comunidades Eclesiais de Base, participando também da fundação do Partido dos Trabalhadores em nossa cidade. Em seu trabalho pastoral, ele conta com a ajuda das irmãs andrelinas de Jaboticabal e passa a incentivar a criação de uma pastoral voltada para a catequese. Até então, esta vinha sendo ministrada pelas saudosas – Júlia e Lydia Scabello, Itália e Carolina Basaglia. A presença de jovens no grupo Santo Antônio, trouxe, também, uma renovação e a criação de um grupo de canto, coordenado pelo jovem Paulo Sergio Durante, que tinha entre seus cantores, a saudosa Daise Teresa Frare. E este é grupo que deu origem ao atual coral da São Francisco de Paula. Até meados da década de 1970, os cantos eram executados no coro da matriz pelas saudosas Neide Scabello, Lilian Barbizan Comar, Olga Huss, Dirce Marcelo, tendo em seu acompanhamento, no órgão da paróquia, o músico João Morano.  Em 1983, o padre Braghetto deixa a paróquia e, no início de 1984, chegam as irmãs Inês Facioli e Gregória Roman Oliva, que passam a contar com a presença dos padres Alfredo José Gonçalves e Antenor João Dallla Vecchia, para dar continuidade ao trabalho junto aos migrantes, que vindos dos estados da Bahia e Minas Gerais, para trabalhar na colheita da cana de açúcar, os chamados migrantes sazonais que permaneciam nos alojamentos, fornecidos pelas usinas, em condições precárias e ajudando, também, no trabalho junto aos irmãos nordestinos. Acompanhar esses migrantes aqui e em suas regiões de origem, era o trabalho dos padres e irmãs carlistas que davam suporte nos aspectos social e religioso para aqueles trabalhadores que permaneciam nesta região, durante  a safra de cana de açúcar. Para compor o grupo, em 1988, chega o padre Antônio Garcia Peres Neto, que trabalhou de forma intensiva, durante o período pré-constituinte, os chamados  Plenarinhos, movimentando nossa comunidade, na propositura de inclusão de itens que fariam parte da Carta Magna da Constituição Federal de 1988, a chamada Carta cidadã. Este trabalho permanece até 1993. Neste período, também, entre 1991-1992, auxiliam a pastoral, os padres Angelo Ravanello, Carlos Cigolini e Valdecir Mayer Molinari que possuem a provisão para atender, não somente a paróquia São Francisco de Paula em Dobrada, e sua capela de São Joaquim em Santa Ernestina, como também a paróquia de São Matheus em Guariba. Em 1994, assume a paróquia o padre Delair Sebastião Cuerva, que trouxe para a vida espiritual da paróquia, o movimento da renovação espiritual católica, reativando também, a cruzada eucarística e implantando o grupo de acólitos e coroinhas. Seu trabalho representou uma guinada em relação à linha de trabalho pastoral à ação mais social da igreja. Ele permanece até 1999, quando assume o padre Geraldo Francisco da Silva, que se empenha na preparação para o Jubileu do Ano 2000 e promove uma grande ação que reverte na aquisição de um veículo para a paróquia. Criando, também, a pastoral do dízimo e dando início à construção da Capela de Nossa Senhora Aparecida, que oi concluída pelo padre Expedito. No final de 1999, assume o padre Expedito Jorge Raton Silveira, ex-monge beneditino, vindo de Salvador – BA, que renovou os trabalhos voltados aos grupos de oração, com foco no Apostolado da Oração e |Legião de Maria., Neste momento, fazemos memória das saudosas zeladoras do apostolado, Josefa dos Santos, Teodora de Oliveira, Zena de Oliveira, Valdomira do Carmo, como também as saudosas legionárias de Maria, Itália e Carolina Basaglia. Em 2002 a 2006, o padre Fernando Sirino Vilela, esteve à frente da paróquia e de sólida formação, seu trabalho esteve voltado à catequese e formação de grupo de jovens, com forte apelo à catequese pré-crismal. Com sua saída, chega o padre José Benedito Di Tulio, que foi pároco durante o período de 2006 a 2010, trazendo novo ânimo para os grupos de pastorais de nossa comunidade, com introdução da devoção a São Miguel Arcanjo, por meio da celebração da quaresma de São Miguel, com missas diárias, nas madrugadas, nos quarenta dias que antecediam a festa de São Miguel, quando também foi para o seminário, o jovem Valdemir Araújo, hoje pároco na Diocese de São Carlos. A paróquia adquiriu um terreno no bairro residencial Alexandre, para a construção de uma capela dedicada ao santo. Ao término de seu trabalho, assume nossa paróquia, o padre Adilson Pedro da Silva, que permaneceu conosco entre 2010 a 2016. Conduziu os trabalhos pastorais em nossa comunidade, estimulando a participação dos leigos em movimentos voltados às ações pós-crismal, participação no TLC – treinamento de liderança cristã e em mini-TLCs. Também implantou o movimento, conferência de São Francisco de Paula, vicentinos, para auxiliar as famílias mais necessitadas de nossa comunidade. Após o término de seu trabalho, assumiu nossa comunidade, o padre Emerson Aparecido Lopes, que deu continuidade ao trabalho desenvolvido por seus antecessores, implantando também encontros de casais, por meio do movimento, Encontro de Casais com Cristo – ECC, permanecendo de 2016 a 2020. De 2020 a 2021, o padre José Mateus da Silva Cordeiro, pároco da paróquia de São Joaquim e Sant’Ana, acumulando suas funções, junto à nossa paróquia, como administrador paroquial, contando com o auxílio do padre Vinicius Ivan Lino Felippe, que atuou como cooperador.  Nos últimos anos, afetados pela pandemia, os padres deram continuidade aos trabalhos que vinham sendo desenvolvidos em nossa comunidade. Em 2022, o padre Vinicius Ivan Lino Felippe, foi nomeado administrador paroquial, permanecendo até a presente data, hoje  nomeado  pároco. Neste percurso histórico de 100 anos de nossa paróquia, percebi o esforço e a luta de cada um dos padres e religiosos que por aqui passaram para construírem a igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. Enquanto éramos filhos da Diocese de São Carlos, de 14 de janeiro de 1923, pisaram neste chão, os representantes de José Marcondes Homem de Mello, primeiro arcebispo-bispo de São Carlos do Pinhal, D. Gastão Liberal Pinto, D. Rui Serra, respectivamente o segundo e terceiro bispo de São Carlos, diocese esta que temos a honra de partilhar como filho, o cardeal primaz do Brasil, D Sergio da Rocha. E depois, por acordo mútuo dos bispos e decreto da Congregação para os Bispos, em 10/10/1969, quando passamos a pertencer à diocese de Jaboticabal, pisaram neste solo sagrado, D. José Varani, que nos recebeu da Diocese de São Carlos, D. Luiz Eugênio Peres, D. Antônio Fernando Brochini e o senhor D. Eduardo Pinheiro da Silva, respectivamente, segundo, terceiro, quarto e quinto bispos de nossa diocese. Nos governaram como papa, Pio XI, Pio XII, João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI e, atualmente, o papa Francisco. Imbuídos deste espírito de vitalidade e renovação, peçamos a Deus que este centenário reaviva, em cada um de nós, o desejo de cumprir as palavras de João Paulo II, quando assume seu ministério em 22/10/1978:  “Não tenhais medo! Antes, procurai abrir, ou melhor, escancarai as portas a Cristo! Ao seu poder salvador, abri os confins dos estados, os sistemas econômicos, assim como os políticos, os vastos campos de cultura, civilização e de progresso! Não tenhais medo! Cristo sabe bem ‘o que está dentro do homem’. Somente Ele o sabe! Hoje em dia, muito frequentemente, o homem não sabe o que traz no interior de si mesmo, no mais profundo de seu ânimo e do seu coração, muito frequentemente se encontra incerto, acerca do sentido de sua vida sobre a Terra. Deixa-se invadir pela dúvida que se transforma em desespero. Permiti, pois –  peço-vos e vo-lo imploro com humildade e com confiança – permiti a Cristo falar com o homem. Somente Ele tem palavras de vida; sim, de vida eterna”. E que venham mais 100 anos, pois como disse Santo Agostinho, a Igreja é uma velha grávida de si mesma e nas palavras de Frei Betto: o novo prossegue germinando em seu seio e isso reforça as nossas esperanças. Saiamos, pois, ao encontro do povo, levando Cristo aos homens que esperam isso de nós.

*Paulo Cesar Cedran, Mestre em Sociologia e Doutor em Educação Escolar.

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas municipais, estaduais, nacionais e mundiais e de refletir as distintas tendências do pensamento contemporâneo.

 

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